Padre Maroni e Juninho da Cofril

“Igreja apoia todo bom católico”, afirma Padre Maroni sobre Juninho da Cofril

Política

Em entrevista ao jornalista Basílio Machado, no podcast Lado B Cachoeiro, o padre João Batista Maroni comentou sobre a decisão do vereador Juninho Corrêa, também conhecido como Juninho da Cofril (NOVO), de adiar sua ida para o sacerdócio para participar das eleições 2024, em Cachoeiro de Itapemirim.

Juninho, em fevereiro deste ano quando ainda estava filiado ao PL, após conflitos provocados pelo senador Magno Malta, presidente estadual do PL, mesmo liderando pesquisas de intenção de voto, anunciou que abriria mão da disputa como candidato a prefeito e seguiria sua vocação no sacerdócio.

Poucos meses depois, após apelo do setor empresarial, apoio do pai e pedido do deputado estadual Theodorico Ferraço (PP), Juninho da Cofril decidiu rever sua decisão de fevereiro e adiar seu ingresso na vida religiosa, voltando a ter como prioridade, nas palavras dele, “não deixar a esquerda retornar ao poder”. O caminho dele está traçado e será vice na chapa de Ferração, que tem ao seu lado os partidos PP, NOVO e MDB.

Sobre Juninho, padre Maroni disse que a igreja católica não tem opinião sobre casos específicos como o do vereador e que não conhece a decisão dele a fundo pelo fato de não ter conversado com Corrêa, mas afirmou que a igreja apoia o bom católico.

“A igreja apoia o todo bom católico, e a gente está precisando de bons cidadãos, bons católicos para ser candidato. E ele (Juninho) é um católico praticante, inclusive querendo seguir a carreira sacerdotal. É uma escolha muito pessoal, muito dele, do orientador espiritual”, comentou o padre.

A Igreja Católica e a Política Contemporânea

Nas últimas décadas, a atuação da Igreja Católica na política brasileira tem sido marcada por uma postura mais ativa e engajada. A instituição tem se posicionado de forma clara em relação a temas polêmicos, como o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização das drogas.

Essa postura mais assertiva da Igreja Católica tem gerado debates acalorados na sociedade brasileira, com muitos questionando o papel da instituição na esfera pública. Alguns argumentam que a Igreja deve se limitar à sua função espiritual, enquanto outros defendem que ela tem o direito e o dever de participar ativamente dos debates políticos, dada sua relevância histórica e sua influência sobre uma parcela significativa da população.

O Caso de Cachoeiro de Itapemirim

Um exemplo recente da atuação da Igreja Católica na política brasileira é o caso de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo. Na cidade, a Igreja Católica local manifestou seu apoio a um determinado candidato político, gerando polêmica e acusações de interferência indevida na esfera eleitoral.

Esse episódio ilustra a complexidade da relação entre a Igreja Católica e a política no Brasil, evidenciando a capacidade da instituição de influenciar os processos políticos, mesmo em âmbito local. Ele também suscita questões importantes sobre os limites da atuação da Igreja na arena política e sobre a necessidade de se manter a separação entre Estado e Igreja, de modo a preservar a democracia e a pluralidade de vozes.

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