Por Wanderson Amorim
O cenário político de Cachoeiro de Itapemirim passou por uma reconfiguração recente, deixando Diego Libardi (Republicanos) sem um grupo de apoio consolidado para uma possível candidatura nas eleições de 2026. Caso ainda tenha intenção de disputar, o ex-candidato a prefeito terá que enfrentar o desafio de se reposicionar politicamente e buscar alianças em um contexto marcado por mudanças significativas e a ascensão de novas lideranças.
Libardi, que nas eleições anteriores contava com uma base formada por lideranças locais e apoio partidário, agora enfrenta dificuldades para reunir forças políticas. A migração de aliados para outros projetos e o fortalecimento de novos nomes no cenário local podem contribuir para o enfraquecimento de sua estrutura política.
Em 2020, o jovem advogado contava com o apoio de Theodorico Ferraço (PP) e de seu grupo, apresentando-se como um nome promissor. Mesmo ficando em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Cachoeiro, derrotado por Victor Coelho (PSB), que foi reeleito, Libardi parecia ter futuro na política. No entanto, dois anos depois, tomou uma decisão precipitada: optou por trilhar um caminho solo em uma campanha que não obteve sucesso. Essa escolha foi percebida no meio político como um gesto de traição ao grupo que o havia impulsionado.
Em 2024, Diego subestimou Ferraço, desacreditando na possibilidade de que o veterano da política capixaba pudesse participar de mais uma eleição. Apostando em sua candidatura à Prefeitura de Cachoeiro, conseguiu o apoio de aliados como os deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União Brasil), com a promessa de não disputar as eleições de 2026. Contudo, durante a campanha, ao ser questionado por um veículo de comunicação sobre esse compromisso, voltou atrás, declarando que não tinha planos definidos para o futuro.
A postura incoerente e o resultado nas urnas foram desastrosos: Diego terminou em terceiro lugar, pior do que entrou, sem grupo político e com seu partido incapaz de eleger sequer um vereador no maior colégio eleitoral do Sul do Espírito Santo.
Reconfiguração Política
A ascensão de nomes como Ferraço, Júnior Corrêa (NOVO) e outros líderes regionais reorganizou o tabuleiro político em Cachoeiro, reduzindo o espaço para figuras que não possuem uma base sólida.
Desafios para 2026
Caso ainda almeje disputar as eleições de 2026, Diego Libardi terá que reconstruir sua imagem política e buscar alianças estratégicas. Isso pode envolver diálogos com movimentos sociais, empresários e setores influentes do município, além de uma redefinição de sua trajetória no Republicanos ou até mesmo a busca por outro partido.
A grande questão é se ele será capaz de superar esses desafios e apresentar um projeto que reconquiste a confiança tanto dos eleitores quanto das lideranças políticas locais.
Por enquanto, Diego Libardi permanece sem grupo político definido, deixando incerto seu futuro em Cachoeiro de Itapemirim e no cenário político capixaba.