Assassinato de vereador em Presidente Kennedy

Miliciano encomendou assassinato de vereador em Presidente Kennedy, revela polícia

Segurança

A morte do vereador Marcos Augusto Costalonga (PL), assassinado a tiros dentro de um carro em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, foi encomendada por um miliciano após o parlamentar cobrar uma dívida do homem. É o que apontam as investigações da Polícia Civil, que prendeu cinco envolvidos no crime na manhã desta segunda-feira (10) durante uma operação com apoio da Polícia Militar.

O homem apontado como mandante do assassinato foi identificado pelo delegado Thiago Viana como Gilbert Wagner Antunes Lopes, conhecido como “Waguinho Batman”. O titular da delegacia de Presidente Kennedy explicou que, em 2020, quando ainda não era vereador, Marcos Augusto Costalonga vendeu um caminhão de mourões – cercas usadas em construções – para o mandante do crime, que tinha uma empresa responsável por uma obra pública em Presidente Kennedy.

“Ele adquiriu esses mourões mas não pagou. O vereador então começou a fazer cobranças incisivas a ele e inclusive, quando assumiu o cargo de vereador, falou que ia na prefeitura pedir o bloqueio do pagamento dele enquanto ele não pagasse pelo valor dos mourões. Houve uma discussão por telefone, o mandante pagou e depois executou”, explicou o delegado.

O vereador Marcos Augusto Costalonga, de 49 anos, conhecido como Marquinhos da Cooperativa, foi assassinado no dia 27 de maio de 2021, na localidade de Alegria, interior do município. Na ocasião, o parlamentar dirigia um Toyota SW4 Hilux, juntamente com a esposa e um amigo, quando um carro com quatro ocupantes emparelhou e atirou contra o veículo do vereador, que morreu no local.

Cinco pessoas foram presas por envolvimento na morte do vereador. O mandante do crime ainda não foi localizado. Segundo o delegado, dos cinco mandados de prisão cumpridos nesta segunda-feira (10), dois já estavam detidos pelo crime de roubo. Os outros três foram localizados em Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy.

“São três anos de investigação, investigação dura, investigação complexa. Eles queimaram o carro, sumiram com a arma. Eles fizeram de tudo para tentar ludibriar. Prática de milícia mesmo, como a gente viu no caso da vereadora Marielle, parlamentar morta por milicianos no Rio de Janeiro,” comparou o delegado.

Os indivíduos presos nesta segunda-feira (10) serão encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes.

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