Ricardo Ferraço: A renovação como armadilha e o desafio de liderar o Espírito Santo

Artigos e opinião

Por Wanderson Amorim

Em entrevista exclusiva à colunista Letícia Gonçalves, Ricardo Ferraço (MDB), vice-governador do Espírito Santo, abordou suas aspirações políticas para 2026, afirmando estar pronto para disputar o Palácio Anchieta. Para ele, a renovação, embora atraente, pode se revelar uma armadilha, como demonstrado pelos acontecimentos de 2018, quando a população apostou em nomes “novos” para o Senado, mas, com o tempo, sentiu a decepção por não ver as esperadas mudanças.

Ferraço, que foi vítima de “fogo amigo” na tentativa de disputar o governo em 2010, não esconde seu desejo de continuar o trabalho de Renato Casagrande. Para ele, o movimento de renovação que tomou conta do cenário eleitoral em 2018, com a ascensão de Marcos do Val (Podemos) e Fabiano Contarato (PT), não trouxe os resultados esperados e acabou gerando frustração entre os eleitores. Ricardo Ferraço é enfático ao afirmar que a simples busca por novidades pode ser enganosa e que a experiência e a capacidade de entregar resultados concretos são essenciais para a gestão pública.

Em relação à gestão de Renato Casagrande, Ferraço defende que, além da responsabilidade fiscal, o governo tem conseguido realizar investimentos importantes em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. “Responsabilidade fiscal não é um fim, é um meio”, afirma. E essa combinação de responsabilidade com os investimentos é o que ele acredita ser a chave para o crescimento contínuo do Espírito Santo.

Ferraço também se mostrou tranquilo em relação à possível candidatura de Lorenzo Pazolini (Republicanos) ao governo. Sem alimentar rivalidades, o vice-governador prefere focar em sua estratégia e no trabalho constante para garantir a continuidade do progresso no estado. “Eu frequento o Espírito Santo para trabalhar o ano todo, não só durante o período eleitoral”, destaca, revelando que sua preocupação é com a efetividade das políticas públicas, não com estratégias eleitorais de outros adversários.

A posição do vice-governador, alinhada ao grupo do governador Casagrande, enfatiza a pluralidade política e o respeito à diversidade de ideias dentro da frente ampla que o governo tem conduzido. Para ele, o projeto de liderança do estado deve ser coletivo, com foco no bem-estar dos capixabas, e não em interesses pessoais ou partidários.

A expectativa para 2026 é clara: o nome de Ricardo Ferraço deve ser, no cenário atual, o principal nome da continuidade política no estado. Sua experiência, capacidade de articulação e entendimento da realidade do Espírito Santo tornam-no um forte candidato para a disputa pelo governo. No entanto, ele também sabe que precisa se viabilizar nas pesquisas e manter a base aliada unida para garantir o sucesso nas urnas e, neste caso, ele terá um grande aliado que é o orçamento 2025, que prevê investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões para obras de infraestrutura, algo jamais visto pelos capixabas.

Em um cenário político em constante mudança, Ricardo Ferraço aparece como uma figura que permanece firme e disposto a continuar seu trabalho de contribuir para o crescimento e desenvolvimento do Espírito Santo. Sua visão pragmática sobre a renovação política e o foco na experiência como diferencial para uma gestão de sucesso são sinais de que, em 2026, ele poderá ser a opção mais segura e confiável para os capixabas.

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