06/10/2022 às 14h47min - Atualizada em 07/10/2022 às 00h01min

Contação de histórias é tema de curso de extensão oferecido pela Unicamp

Objetivo é formar novos contadores de histórias, expandir os conhecimentos sobre literatura infantil e sobre a importância dessa ação para crianças hospitalizadas e suas famílias

SALA DA NOTÍCIA Fernanda Santos Barbosa
Divulgação

A Viva e Deixe Viver, associação que congrega 1,3 mil voluntários contadores de histórias para crianças em 85 hospitais do País, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), irão se unir para realização do curso de extensão “A arte de contar histórias e o lúdico no âmbito da saúde e educação” que irá formar novos contadores. Em formato semipresencial, o aluno terá contato com diversas narrativas ficcionais infantis e irá aprender técnicas de contação de histórias, estudando aspectos como uso da linguagem e da voz, expressão facial e corporal, uso de recursos auxiliares, entre outros. 

Para participar é preciso ter completado o Ensino Médio. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 08 de outubro no site da ExteCamp (clique AQUI). No total, a carga horária do curso será de 38 horas, divididas entre atividades presenciais (20 horas teóricas e 8 horas práticas) e online (5 horas teóricas e 5 horas práticas). Além da grade regular, serão oferecidas atividades complementares, como o Viva ON e Domingueiras, cursos e atividades oferecidas através de projetos incentivados pela Associação Viva e Deixe Viver. As aulas começam em 15 de outubro e seguem até 03 de dezembro.

“Pesquisas recentes mostram que ouvir histórias faz bem para crianças e adolescentes hospitalizados. Em apenas 30 minutos, o estresse diminui e a sensação de bem-estar aumenta. Com a prática, os contadores também são beneficiados. Por isso, aprender a contar histórias e suas técnicas é tão importante”, explica Márcia Abreu, professora do Departamento de Teoria Literária do IEL e responsável pelo curso.

Pesquisa com crianças e adolescentes hospitalizados - Conduzida pelo físico Guilherme Brockington, doutor em educação e com pós-doutorado em neurociências, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e  por Márcia Abreu, professora titular do Departamento de Teoria Literária da Unicamp, o estudo contará com a participação de médicos e também de alguns dos alunos formados no curso de extensão. O estudo medirá o impacto que a contação de histórias infantis pode causar sobre o estado emocional e o nível de estresse de crianças. 

“Qualquer um que já contou ou ouviu uma boa história é capaz de sentir seus impactos. Até a pesquisa que realizamos em 2021, havia apenas evidências anedóticas desses impactos. Entretanto, conseguimos mostrar que, com apenas 30 minutos de contação de histórias, pode-se impactar psicológica e fisiologicamente crianças hospitalizadas, com mudanças importantes nos níveis de marcadores biológicos, como ocitocina e cortisol, e psicológicos, como escala de dor e respostas emocionais”, afirma Guilherme Brockington.

A pesquisa é similar à conduzida, em 2021, pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), em parceria com a Associação Viva e Deixe Viver (Viva), que evidenciou, pela primeira vez, que o ato de contar histórias é capaz de trazer benefícios fisiológicos e emocionais para crianças que se encontram em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).  

Neste estudo, previsto para ser iniciado em janeiro de 2023, haverá como complemento o comparativo dos impactos de crianças hospitalizadas na rede pública e privada. Também serão estudados os efeitos do contato com tipos diversos de histórias (simples e complexas, em verso ou em prosa) e da presença de uma pessoa que narra. “Não temos dúvidas de que os resultados serão surpreendentes. No primeiro estudo, comprovamos que a contação de histórias exerce certa influência, porque as crianças ficavam menos amedrontadas e tristes e se tornavam mais colaborativas, por exemplo, aceitando realizar um exame que antes não queriam fazer”, encerra Valdir Cimino, fundador da Viva e Deixe Viver.

Serviço

Curso de extensão - “A arte de contar histórias e o lúdico no âmbito da saúde e educação”

Data: 15 de outubro a 03 de dezembro

Valor: R$ 380,00 (desconto para alunos da Unicamp e professores da Unicamp e Rede Pública de Ensino)

Formato: Semipresencial oferecido pela Unicamp e Viva Deixe Viver

Inscrições até 08 de outubro: 

https://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=%8Eg%D5%C2%5E%E1%DB%9F&of=%F7%12%A8 


Sobre a Associação Viva e Deixe Viver

Fundada em 1997 pelo paulistano Valdir Cimino, a Associação Viva e Deixe Viver é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) pioneira em diversas frentes e políticas públicas. Por meio da arte de contar histórias, forma cidadãos conscientes da importância do acolhimento e de elevar o bem-estar coletivo, a partir de valores humanos como empatia, ética e afeto.  A entidade também é referência em educação e cultura, por meio da promoção de atividades de ensino continuado. Nesse sentido, conta com o canal Viva Eduque, espaço criado para a difusão cultural, educacional e gestão do bem-estar para toda a sociedade. Hoje, além dos 1.357 fazedores e contadores de histórias voluntários, que visitam regularmente 85 hospitais em todo o Brasil, a Associação conta com o apoio das empresas Safran, UOL, Banco Daycoval, Expressa Medicamentos, Flexicotton, Daviso, Montana, CCS e Pfizer.

 


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