25/07/2022 às 10h51min - Atualizada em 25/07/2022 às 14h50min

Ensino remoto e ensino híbrido: principais características + diferenças

SALA DA NOTÍCIA Victor
 

As mudanças relacionadas à educação foram grandes nos últimos anos. Se antes estávamos acostumados apenas às aulas presenciais e, em alguns cursos de graduação, a possibilidade de ser a distância, agora contamos com novos conceitos como ensino remoto e ensino híbrido.

A verdade é que o sistema de educação já vinha caminhando há alguns anos para que as aulas passassem a usar ferramentas digitais cada vez mais. Graças à transformação digital, isso tem sido uma realidade em todo o mundo.

Inclusive, o ensino híbrido já era considerado uma das principais tendências no processo de educação e aprendizagem mundial desde o início de 2020. No fim, as expectativas apenas se confirmaram, mas com alguns desafios que se mostraram ao longo do caminho.

O importante é entender que o ensino remoto e o ensino híbrido se propõem a atender às principais demandas de uma sociedade contemporânea imersa na tecnologia. Afinal, não dá mais para deixar de lado a importância das ferramentas digitais na educação.

Apesar da relevância desses modelos, muitos acabam confundindo os dois. Contudo, cada um possui especificidades que os diferenciam tanto em relação ao contato com as tecnologias quanto com o próprio aluno.

Quer saber mais sobre as definições e diferenças do ensino remoto e ensino híbrido? Então, continue a leitura!

Conceito de ensino remoto e ensino híbrido

O que é ensino remoto?

A principal característica do ensino remoto é que ele ocorre apenas no ambiente virtual, priorizando a transmissão das aulas em tempo real

Dessa maneira, por mais que os professores e alunos não estejam juntos, eles ainda conseguem se conectar. Assim, eles podem ter interações que sejam interessantes tanto para a socialização quanto para o processo de aprendizagem.

Além disso, normalmente as aulas remotas ocorrem diariamente ou, caso não seja possível, com uma alta frequência. Exatamente porque o principal objetivo é manter a rotina da sala de aula, como se estivessem presencialmente. 

Uma das principais maneiras de entender o que é o ensino remoto, principalmente em oposição ao sistema híbrido de educação, é que o primeiro  surgiu como uma medida emergencial por conta do distanciamento social.

Em abril de 2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou o parecer nº 5/2020, que em junho foi homologado pelo MEC. Esse documento trouxe informações relevantes sobre a suspensão das atividades presenciais e a indicação de implementação do ensino remoto. 

Além disso, vale lembrar que o ensino remoto não é o mesmo que o ensino a distância (EaD), que já está muito mais popularizado no País, principalmente nas graduações. Esse último se caracteriza pelas aulas assíncronas, ou seja, elas não acontecem em tempo real. 

Então, apesar dos alunos terem a vantagem de ter mais liberdade para assistirem às aulas quando desejarem, muitas vezes acabam não tendo um contato tão próximo com os professores.

O que é ensino híbrido?

Já o ensino híbrido, como o nome sugere, é o meio termo entre o ensino remoto e o presencial. Ou seja, nessa modalidade, os alunos têm aulas tanto em casa quanto nas escolas.

Afinal, o que pudemos perceber nos últimos anos é que, nem sempre, o único jeito de ensinar e aprender é presencialmente. Exatamente por isso, o principal objetivo dessa modalidade é potencializar a aprendizagem, personalizando o ensino e priorizando o papel do aluno nesse processo.

Outro ponto é que, além de contar com aulas síncronas, como no ensino remoto, alguns materiais também podem ser disponibilizados de maneira assíncrona, de forma a complementar o conhecimento.

Essa é uma das principais vantagens do ensino híbrido: permitir que os alunos sejam agentes ativos do próprio conhecimento. Isso dá a eles mais autonomia, transformando-os em protagonistas do próprio processo de aprendizagem.

Também vale ressaltar o aspecto colaborativo do sistema híbrido de educação. Afinal, as metodologias escolhidas pelos professores incentivam esse tipo de interação, tanto presencial quanto virtualmente. Assim, os estudantes têm a oportunidade de colaborar com o processo de aprendizado dos colegas.

Uma questão que não se pode deixar de lado quando estamos falando sobre o ensino híbrido é a importância das ferramentas digitais. Como os autores do livro Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação indicam:

“A integração das tecnologias digitais na educação precisa ser feita de modo criativo e crítico, buscando desenvolver autonomia e reflexão dos seus envolvidos, para que eles não sejam apenas receptores de informação”.

E isso reflete na maneira que os educadores fazem o planejamento das aulas e, principalmente, pensam em metodologias que sejam interessantes para os alunos. Mas falaremos mais sobre isso a seguir.

O que considerar no ensino remoto e híbrido?

A importância dos alunos

Tanto no ensino remoto quanto no ensino híbrido, os alunos precisam encarar uma nova modalidade de aprendizagem, da qual não estavam acostumados. Esse processo de adaptação pode ser, por vezes, um desafio.

Mas é fundamental que ocorra uma conscientização por parte dos pais e dos professores para mostrar a importância, sem deixar que fique em segundo plano.

Nesse sentido, o sistema de ensino híbrido pode fazer a diferença, inclusive na motivação dos alunos, por contar com metodologias ativas de ensino. Falaremos sobre isso a seguir.

O papel do professor

No ensino remoto o papel do professor é o mesmo que nas aulas presenciais: ele é o responsável por passar o conteúdo da matéria. Nesse caso, os alunos continuariam sendo apenas receptores.

Já no modelo híbrido, o educador é o mediador de conhecimento. Ou seja, ele não deve apenas transmitir o que sabe, mas é fundamental que seja a ponte que leve o aluno até a compreensão do assunto, por meio de indagações que promovem um pensamento crítico.

Escolha das metodologias

Se no ensino remoto a ideia for apenas passar os conteúdos como se faz presencialmente, então, os professores podem seguir o plano de aula conforme já estão acostumados.

Contudo, uma das principais maneiras de engajar os estudantes é com as metodologias ativas, algo mais comum no ensino híbrido. A ideia por trás disso é colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem. Assim, ele consegue desenvolver mais autonomia e ter uma maior participação nas aulas. 

Como isso é possível? Algumas das principais opções incluem mudar o formato das aulas e incluir a tecnologia no processo educacional. 

Contudo, apesar do protagonismo do aluno, o papel do professor continua intrínseco a esse processo. Afinal, é ele quem guiará os estudantes nas pesquisas, orientando o que deve ser estudado no momento.

Existem várias metodologias que podem ser adotadas de acordo com os objetivos didático-pedagógicos do planejamento de aula, e dos recursos disponíveis. Alguns deles são:

  • sala de aula invertida;
  • gamificação: aprendizagem com jogos;
  • baseada em problemas;
  • baseada em projetos;
  • entre pares ou equipes.

O uso de boas ferramentas digitais

Por fim, não podemos deixar de ressaltar a importância de boas tecnologias para o ensino remoto e ensino híbrido. A ideia é que, com essas ferramentas, os alunos consigam:

  • ter acesso a uma plataforma em que podem interagir à distância;
  • enviar e receber materiais e conteúdos complementares;
  • esclarecer dúvidas;
  • debater temas vistos em sala de aula;
  • realizar atividades avaliativas.

Nesse sentido, o Google for Education é uma das principais opções atualmente. É um conjunto de soluções colaborativas virtuais que tem, como principal objetivo, auxiliar as instituições a promoverem um processo de aprendizagem de qualidade.

São inúmeras ferramentas que fazem parte desse conjunto, desde o Google Sala de Aula, G Suite for Education (com Jambord, Hangouts Meets e criação de documentos compartilháveis, incluindo formulários) e muito mais.

O importante é encontrar as melhores opções para oferecer uma educação de qualidade, incentivando o aprendizado contínuo e mostrando a importância desse processo na vida dos alunos, seja no ensino remoto ou no ensino híbrido.

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Este post é de autoria da Safetec Educação, uma empresa com mais de 10 anos de mercado, obcecada em criar experiências na área educacional, através de soluções simples e colaborativas, que gerem resultados.

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