25/07/2022 às 13h37min - Atualizada em 25/07/2022 às 14h20min

Aulas interativas: qual a importância? Como fazer isso? 6 dicas

SALA DA NOTÍCIA Victor
 

Um dos principais desafios em relação à educação tradicional é manter os alunos interessados no que está sendo ensinado e motivados a continuar aprendendo. 

Atualmente, estamos diante de uma geração de nativos digitais. Isso significa que não cabe mais ensinar da mesma forma que fomos ensinados. 

Os tempos mudaram e a sociedade está imersa na tecnologia. Por isso, pensar na importância das aulas interativas pode ser uma das principais maneiras de manter o engajamento dos estudantes.

Até mesmo porque, hoje em dia, temos cada vez mais ferramentas em mãos que podem ajudar no processo de ensino-aprendizagem. Já sabemos que não é preciso se limitar à lousa e ao caderno. 

Ou, até mesmo, entendemos que o papel do professor deve ir além de ser um transmissor de conteúdo, mas ele deve agir como um guia para que os alunos sejam agentes ativos do próprio aprendizado.

A grande questão é que, com tantos métodos tecnológicos já disponíveis graças à transformação digital, manter-se apenas com os tradicionais já não é suficiente. É necessário inovar. E esse tipo de ensino é uma ótima maneira de fazer isso.

Então, quer saber mais sobre o que é e como tornar as aulas mais interativas? Separamos sete dicas para você implementar e deixar os estudantes mais focados. Vamos lá? Boa leitura!

O que é o ensino interativo?

O principal objetivo do ensino interativo é trazer o aluno para o centro do processo de construção de conhecimento, dando mais autonomia a ele. Nesse aspecto, os professores deixam de ser meros transmissores de informações.

Pelo contrário, eles têm o papel de guiar os estudantes para que eles se deparem com uma aprendizagem mais interessante e que, principalmente, corresponda às suas expectativas e necessidades.

Para que isso seja feito, as atividades e aulas interativas normalmente contam com diferentes metodologias, integração com o uso de tecnologias e com grande participação dos alunos.

Qual a importância das aulas interativas?

Conhecida também como pirâmide de aprendizagem, a Pirâmide de William Glasser é uma teoria que mostra a importância do aluno ser protagonista do seu aprendizado, derrubando a ideia de um ensino passivo e verticalizado.


Fonte: Educador do Futuro

A pirâmide sugere a porcentagem de aprendizado que uma pessoa consegue absorver em diferentes atividades. O modelo tradicional de ensino prioriza o topo da pirâmide, que é considerado uma das maneiras menos efetivas de absorção do conhecimento: ler, ouvir e ver.

Vale lembrar, contudo, que cada pessoa possui processos de aprendizagem diferenciados. Enquanto alguns alunos conseguem aproveitar muito da leitura, outros podem ter mais incentivo com propostas visuais. 

Exatamente por isso, como você verá a seguir, ressaltamos a importância do uso de formatos e atividades diferenciados. No fim, essa é uma das principais vantagens do uso de aulas interativas: a possibilidade de atender às demandas de diferentes alunos.

Além disso, outros benefícios que podemos incluir do uso do ensino interativo são:

  • aulas mais atrativas e inovadoras;
  • alunos mais motivados e focados;
  • maior compreensão do conteúdo;
  • desenvolvimento de novas habilidades.

Agora que você já sabe o que é e qual a importância das aulas interativas para o processo de aprendizagem do aluno, é o momento de entender como trazer esse aspecto para dentro da sala. Quer saber mais? Confira.

Como tornar as aulas mais interativas? 6 dicas

1. Organize aulas externas

Uma das principais maneiras de fazer com que os alunos se interessem pelo que está sendo explicado e engajem mais é por meio de aulas externas. Nada parece satisfazê-los mais do que sair da sala de aula a qual estão acostumados.

Não necessariamente, essas aulas precisam ser fora da escola. Apesar de que, temos que concordar, os passeios e visitas a outros lugares normalmente são os mais desejados quando pensamos em como deixar a aula mais atrativa.

Entretanto, sabemos que nem sempre isso é possível. Então, a ideia é fugir um pouco do ambiente que eles estão acostumados para motivá-los de outras maneiras. Nesse caso, é possível usar o laboratório, a biblioteca, ou até mesmo a quadra esportiva.

O importante é pensar em atividades interessantes que possam ser desenvolvidas nesses ambientes para aproveitar a alta taxa de engajamento da turma.

2. Implemente a sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma metodologia de ensino que inverte a lógica tradicional de aprendizagem. Ou seja, ao invés do professor explicar a matéria na frente de toda a turma, o que ocorre é o seguinte:

  • o educador separa materiais e conteúdos sobre o tema para dar uma base sólida de conhecimento, buscando fontes com credibilidade;
  • os alunos têm acesso ao assunto de maneira autônoma e independente, primeiramente em casa;
  • já na sala de aula, o professor deve incentivar a participação dos alunos, respondendo as dúvidas e fazendo maiores explicação de forma a reter os conceitos;
  • também é possível fazer debates em sala, exercícios de fixação de conteúdo ou pedir para que os alunos criem apresentações sobre o tema.

O objetivo dessa proposta é fazer com que o aluno seja ouvido não apenas pelos colegas, mas também pelo professor. Essa é uma das formas de implementar aulas interativas, melhorando o engajamento dos estudantes.

3. Opte por diferentes tipos de conteúdos

Como ressaltado, diferentes pessoas absorvem informações de maneiras diversas. Enquanto um aprende lendo, outro pode absorver mais por meio de vídeos, por exemplo.

Estamos em um momento que os formatos de conteúdo são variados e podem ser aproveitados de maneira estratégica na sala. Não tem como tornar as aulas mais interativas sem pensar nisso.

Ao invés do professor ficar falando o tempo todo, o que pode deixar o assunto monótono e dispersar a atenção dos alunos, ele pode disponibilizar outros tipos de conteúdos sobre o tema, como:

  • matérias e artigos de jornais digitais;
  • blogposts;
  • vídeos;
  • podcast;
  • formulários;
  • quizzes online;
  • jogos;
  • mapas mentais.

Esses são apenas alguns exemplos, dentre vários outros, de atividades que podem trazer mais interação para a aula.

4. Use ferramentas digitais

Um dos benefícios que as aulas interativas têm é a possibilidade de implementar ferramentas digitais que, além de otimizar o tempo, também chamam mais a atenção dos participantes. Alguns dos principais exemplos são:

  • Google Workspace: é um espaço com inúmeras ferramentas voltadas para a educação, que atuam na nuvem e podem ser acessadas de qualquer local. É indicado para ensino fundamental, médio e superior. Os alunos, professores e demais funcionários podem criar, gerenciar,  acessar e compartilhar postagens, conteúdos e avisos;
  • KaHoot!: é um aplicativo que serve para criar jogos de aprendizagem e organizar sessões ao vivo. A vantagem dessa ferramenta é que os professores conseguem passar desafios de acordo com o ritmo da turma;
  • Padlet: essa é uma opção para plano de aula. A ferramenta funciona baseada na criação de notas, sendo possível personalizar o planejamento e criar elementos na própria tela. Além disso, oferece diferentes formatos, como mural, colunas, lista, grade, linha do tempo e mapa.

5. Incentive atividades em grupo

Incentivar a integração e colaboração da turma, seja por meio de trabalhos, atividades ou discussões, é essencial.

Um exemplo é o método World Café, uma metodologia ativa de aprendizagem. O propósito é que a turma seja separada em grupos e conversem em torno de uma questão principal levantada pelo professor. 

Um tempo depois que a discussão já começou, um dos participantes deve partir para o próximo grupo, compartilhando os insights que tiveram sobre o tema e ouvindo o que os outros têm a dizer.

Com essas conexões e contribuições sobre um mesmo assunto, é possível ter uma polinização de ideias. Ao final, o professor pode pedir para que os alunos falem sobre o que mais chamou a atenção, integrando todos esses conhecimentos com o tema da aula.

6. Prepare-se com antecedência

Não tem como tornar as aulas mais interativas sem um bom planejamento. Mas, a verdade, é que a maioria dos professores já têm um bom entendimento sobre isso. 

Contudo, vale lembrar que algumas atividades demandam mais planos do que outras. Os passeios, por exemplo, precisam de todo um trabalho logístico de levar os alunos até o local, planejar-se financeiramente, pedir autorização dos pais, etc.

Já a visita a outras salas, como laboratórios e bibliotecas, precisam verificar a disponibilidade dos locais e se outros professores já não estão utilizando-as. As aulas interativas e colaborativas precisam da separação de materiais e conteúdos relevantes sobre o tema.

O importante, depois de trazer essas dicas, é que o educador consiga focar no que é essencial: instigar os alunos no processo de aprendizagem, incentivando-os a ir atrás do próprio conhecimento e servindo como um guia para levá-los até lá.

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Este post é de autoria da Safetec Educação, uma empresa com mais de 10 anos de mercado, obcecada em criar experiências na área educacional, através de soluções simples e colaborativas, que gerem resultados.

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