Por Wanderson Amorim
O deputado federal Gilson Daniel, presidente do Podemos, demonstrou recentemente sua lealdade aos projetos políticos do governador Renato Casagrande (PSB). Ele afirmou que seu partido atenderá aos anseios do socialista nas eleições municipais de 2024.
A declaração provocou conflitos em Cachoeiro de Itapemirim, especialmente com o deputado estadual Allan Ferreira (Podemos), que havia estabelecido um acordo no final do ano passado com o advogado Diego Libardi (Republicanos) e o deputado estadual Dr. Bruno Resende (União Brasil) para apoiar um dos três nomes do trio na disputa deste ano.
Há algumas semanas, Gilson Daniel deixou claro que o partido não se uniria a Libardi, apesar do compromisso assumido por Allan, que desistiu da candidatura a prefeito ao perceber que não teria recursos garantidos para sua campanha. Ferreira chegou a ameaçar deixar o partido se Gilson Daniel não cumprisse o acordo de coligação com o Republicanos em Cachoeiro de Itapemirim.
Após algumas semanas turbulentas e uma crise interna no Podemos, com pré-candidatos a vereador dispostos a não seguir as recomendações do presidente estadual da sigla, parece que Gilson Daniel não irá interferir nos movimentos políticos do partido em Cachoeiro.
No lançamento oficial da pré-candidatura de Libardi a prefeito na última segunda-feira (24), até o secretário estadual de Meio Ambiente, Filipe Rigoni, que também preside o União Brasil e é aliado de Casagrande, enviou um vídeo em apoio ao advogado, que terá o apoio de seu partido na chapa majoritária sob a liderança do deputado Dr. Bruno Resende no diretório municipal.
Gilson Daniel não compareceu ao evento nem enviou um vídeo apoiando Libardi. Ele lavou as mãos. Com esse gesto, conseguiu demonstrar ao governador sua lealdade e colocou na conta de Allan Ferreira, também aliado de Casagrande, a decisão de seguir contra os interesses do Palácio Anchieta nestas eleições.
