Contra privilégios, Ferraço sustenta a mesma coerência que marcou sua vida pública

Política

O vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (MDB), manifestou em suas redes sociais posição contrária à chamada PEC da Blindagem. A proposta em análise no Congresso amplia o foro privilegiado de parlamentares e dificulta investigações e prisões, mesmo em casos de flagrante de crime inafiançável.

Na publicação, Ferraço foi categórico:
“Reafirmo a mesma coerência que marca minha trajetória. Toda e qualquer iniciativa que vise proteger crimes, sou contra. Não importa a quem esteja protegendo, especialmente políticos que deveriam dar o exemplo.”

O posicionamento veio acompanhado das hashtags #NãoàPECdaBlindagem, #NãoAosPrivilégios e #NãoàImpunidade, reafirmando a linha de combate a privilégios que sempre caracterizou sua atuação.

O que está em jogo com a PEC da Blindagem

O texto da proposta exige autorização das casas legislativas para investigações e prisões de deputados e senadores, mesmo em situações de flagrante. Além disso, estende o foro privilegiado a presidentes de partidos com representação no Congresso. A PEC já foi aprovada na Câmara dos Deputados e segue agora para o Senado.

A trajetória de Ricardo Ferraço

A manifestação atual de Ferraço se conecta a uma história de posicionamentos firmes contra privilégios e mecanismos que alimentam a impunidade. No Senado, ele denunciou que o foro privilegiado havia se transformado em uma “farra da impunidade” e defendeu sua limitação apenas a atos relacionados ao exercício do cargo.

Também foi um dos defensores mais consistentes da Lei da Ficha Limpa, norma que impede candidaturas de condenados por crimes graves. Em 2018, quando houve tentativa de alterar a lei, Ferraço se manifestou de forma contrária, afirmando que qualquer enfraquecimento da Ficha Limpa representaria um retrocesso inaceitável. Para ele, a legislação é um divisor de águas no combate à corrupção e na valorização da moralidade política.

Ferraço ainda defendeu a divulgação integral das delações da Lava Jato, sustentando que a sociedade tinha direito de conhecer toda a verdade. Além disso, criticou cortes em órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União, argumentando que reduzir a capacidade de fiscalização era abrir espaço para corrupção.

Coerência como marca

Ao se manifestar sobre a PEC da Blindagem, Ricardo Ferraço reafirma sua trajetória de coerência. Sua história política é marcada pela defesa da ética, pela proteção de instrumentos legais como a Lei da Ficha Limpa, pelo enfrentamento à impunidade e pela rejeição de privilégios que fragilizam a confiança da população nas instituições.

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