Anchieta não pode retroceder: O perigo de voltar ao passado com Marquinhos Assad

Artigos e opinião

Por Wanderson Amorim

A cidade de Anchieta se encontra em um momento decisivo e crucial para seu futuro. À medida que se aproxima a eleição para a prefeitura, é imperativo que os eleitores reflitam profundamente sobre as lições do passado e as implicações de reverter a cidade a um período de sua história marcada por gestão desastrosa e crises financeiras.

Marquinhos Assad, ex-prefeito de Anchieta, está novamente na corrida para retornar ao cargo que ocupou até 2016. No entanto, seu legado de gestão deixou a cidade em uma situação crítica, que não deve ser esquecida. Ao fim de seu mandato, Anchieta estava literalmente com as contas no vermelho. A prefeitura encontrava-se em uma situação financeira deplorável, com a cidade figurando no SPC, sem crédito e com a credibilidade em ruínas. Não é exagero dizer que a administração de Assad quase afundou o município em um mar de dívidas e desordem.

Na época, os problemas eram evidentes: dívidas milionárias, telefones cortados, viaturas da Guarda Civil Municipal sucateadas e sem combustível, e um contrato com o sistema de videomonitoramento tão atrasado que a rescisão estava iminente. A falta de uma certidão negativa impedia que Anchieta conseguisse firmar convênios essenciais com o Governo do Estado e o Governo Federal, bloqueando recursos e obras fundamentais para o progresso da cidade. O cenário era tão sombrio que parecia que a prefeitura estava com o nome no SPC, sem qualquer chance de recuperação imediata.

O caos financeiro de Anchieta foi ainda mais agravado pelo rompimento da barragem de Mariana em 2015, que paralisou a Samarco, uma das maiores mineradoras do mundo presente na cidade. A crise econômica resultante teve um impacto devastador: o comércio local sofreu uma queda de 24% nas vendas, centenas de trabalhadores foram demitidos e a receita do município desabou, com uma perda alarmante de 74% do PIB. Em um momento de desespero, a cidade teve que se reinventar para superar essa crise sem precedentes.

Felizmente, sob a gestão do atual prefeito Fabrício Petri, Anchieta encontrou uma saída. Petri enfrentou a dura realidade financeira, cortou gastos, e fez o impossível para estabilizar a cidade. Sua gestão foi marcada por um esforço rigoroso para restaurar a saúde financeira do município. Com trabalho árduo e determinação, a cidade conseguiu obter novamente a certidão negativa, recebeu investimentos e obras importantes e, hoje, é reconhecida nacionalmente por sua boa gestão e inovação. Anchieta voltou a ser uma potência econômica, tanto na indústria quanto no turismo, e é frequentemente premiada pela excelência na administração pública.

É preciso que os eleitores de Anchieta reflitam profundamente sobre se desejam retornar ao passado nebuloso que a cidade enfrentou sob a gestão de Marquinhos Assad. A cidade já pagou um preço alto por uma administração desastrosa, e não pode se dar ao luxo de retroceder. O legado de Assad foi marcado por um colapso financeiro e uma gestão que deixou a cidade em uma situação desesperadora. Anchieta precisa olhar para frente, continuar a construção do futuro com uma administração comprovadamente eficaz e evitar o risco de repetir os erros do passado.

Reverter para uma liderança que deixou a cidade afundada em dívidas e com uma má reputação financeira é um passo que pode comprometer todo o progresso feito até agora. A escolha do próximo prefeito deve ser feita com base em uma avaliação crítica das lições aprendidas e no desejo de avançar, e não de voltar ao que foi um período sombrio da história de Anchieta.

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