Prefeito de Iconha, Gedson, enfrenta racha em grupo de esquerda e tenta esconder raízes políticas

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O prefeito de Iconha, Gedson Paulino, vive um momento de turbulência dentro de sua base de apoio, marcada por uma divisão que expõe um racha significativo entre seus aliados de esquerda. Em meio à polarização política e à alta rejeição ao Partido dos Trabalhadores (PT) no cenário nacional, Gedson, que sempre esteve profundamente alinhado com as ideias da esquerda, agora tenta transparecer uma imagem diferente para conquistar o eleitorado conservador de seu município.

A trajetória política de Gedson começou em 2004, quando ele disputou pela primeira vez o cargo de vereador pelo PT, ainda no auge do partido sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva. Sem êxito naquela ocasião, ele foi eleito vereador em 2008 e reeleito em 2012, aproveitando o prestígio do partido durante os governos Lula e Dilma Rousseff. No entanto, com os protestos de 2013 e o consequente impeachment de Dilma, Gedson migrou para o PMDB (hoje MDB), tentando se afastar da imagem desgastada da esquerda. Mesmo com a mudança de legenda, não obteve sucesso ao disputar a prefeitura pela primeira vez.

Em 2020, o cenário político o levou a disputar a prefeitura pelo Republicanos, um partido alinhado à direita, e ele acabou eleito, uma vitória que, na prática, representou mais uma estratégia eleitoral do que uma mudança ideológica. Embora se posicione publicamente como alguém mais próximo à direita, Gedson manteve uma base composta por figuras influentes do PT. Contudo, essa aliança se mostrou frágil e, agora, com o cenário das eleições de 2024, sua base de apoio rachou, com uma parte significativa se alinhando ao candidato petista Hugo Durães.

Apesar de tentar mascarar suas raízes esquerdistas, Gedson nunca abandonou completamente sua ligação com a esquerda. Para muitos, sua postura atual, tentando se descolar de sua origem política, é vista como uma jogada estratégica diante da conservadora população de Iconha. No entanto, o racha dentro de seu grupo revela que parte de seus antigos aliados não está disposta a seguir esse caminho e prefere se manter fiel aos ideais do PT. Essa divisão pode enfraquecer a candidatura de Gedson à reeleição, à medida que o apoio ao petista Hugo Durães ganha força.

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