Nova pesquisa do Instituto Leia é suspensa por indícios de irregularidades em Cachoeiro

Política

Mais uma pesquisa eleitoral do Instituto Leia, que seria divulgada no site Folha do ES, foi suspensa por determinação da Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (30). A pesquisa, que havia sido registrada sob o número ES-06788/2024, foi alvo de representação pela Coligação Avança e Acelera, liderada pela candidata Lorena Vasques (PSB). A suspensão foi determinada pelo juiz eleitoral Roney Guerra, da 2ª Zona Eleitoral de Cachoeiro de Itapemirim.

A decisão judicial aponta “graves inconsistências” na pesquisa, comprometendo sua confiabilidade. O magistrado destacou a ausência de elementos essenciais no processo de coleta de dados, como registros de geolocalização e gravação de áudio, que impossibilitam a verificação das entrevistas realizadas. Com base nesses fatores, a liminar para a suspensão da divulgação foi concedida para evitar possíveis interferências na legitimidade do pleito.

Este não é o primeiro problema enfrentado pelo Instituto Leia. A empresa já havia sido multada em R$ 53 mil por irregularidades em pesquisas anteriores, e atualmente é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de fraude em suas pesquisas eleitorais. A ação judicial, registrada sob o número 0600560-16.2024.6.08.0002, está em andamento e deve continuar a levantar questionamentos sobre a integridade das pesquisas realizadas pelo instituto.

A decisão judicial também solicita que o Ministério Público Eleitoral (MPE) seja intimado, indicando que a investigação pode se aprofundar nos próximos dias. A suspensão da pesquisa traz mais um capítulo na complexa corrida eleitoral em Cachoeiro de Itapemirim, onde a confiabilidade das informações divulgadas ao público tem sido um tema central.

A investigação sobre as atividades do Instituto Leia e a decisão judicial de suspender a pesquisa reforçam a importância da transparência e da precisão nas pesquisas eleitorais, especialmente em um momento tão decisivo para o futuro político da cidade.

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