BRK Ambiental - Rio Itapemirim seco

Rio Itapemirim “fica seco” após intervenção não autorizada da BRK Ambiental em Cachoeiro

Cidades

O Rio Itapemirim foi drasticamente afetado e praticamente ficou seco após uma intervenção da concessionária BRK Ambiental, realizada sem licenças adequadas e com graves riscos ao meio ambiente.

Intervenção sem autorização e danos ambientais

A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim (Agersa) relatou que a BRK iniciou um aterro emergencial no Rio Itapemirim durante o fim de semana, sem possuir a autorização necessária e antes mesmo da aprovação do projeto, ignorando os trâmites legais exigidos para intervenções desse tipo.

A BRK justificou a medida como uma necessidade de melhoria da captação de água e da Pequena Central Hidrelétrica (PCH), mas a urgência da intervenção foi colocada em xeque por órgãos e autoridades.

Origens e implicações da seca no rio

A ação da empresa, ainda que apresentada como temporária, resultou em um cenário crítico: o Rio Itapemirim ficou visivelmente seco e seus leitos expostos, comprometendo a fauna, flora e o equilíbrio ambiental da região. A retirada do ressalto hidráulico e do aterro será necessária para que as águas retornem ao curso normal — mas a cicatrização dos impactos pode levar tempo e não é garantida.

Falta de licença e acompanhamento fiscal

Embora o IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) tenha confirmado a aprovação do projeto, não houve emissão da Licença de Operação, condição essencial para a execução de qualquer intervenção com efeitos ao meio ambiente.

Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) acompanha o caso, alertando que podem ser iniciadas ações de fiscalização, notificação e aplicação de multas, caso sejam constatadas irregularidades ou extrapolações do que foi autorizado.

Conexão com vazamentos e outros agravos

Paralelamente à seca, o IEMA identificou pontos de vazamento de esgoto no Rio Itapemirim relacionados a obras realizadas nas margens, o que acentua ainda mais os impactos ambientais já observados. Essa situação agrava os danos ao ecossistema fluvial e à qualidade das águas.

Panorama geral e críticas

  1. Procedimento irregular: a BRK iniciou intervenções sem licença válida, você leu corretamente — sem licença de operação do IEMA e sem autorização do órgão regulador competente.

  2. Impacto direto ao meio ambiente: o leito do rio ficou seco, resultando em dano visível à natureza, à biodiversidade e à dinâmica hídrica local.

  3. Riscos à credibilidade institucional: ao agir antes das aprovações, a empresa expõe uma postura desrespeitosa aos trâmites legais, o que pode levar a punições severas.

  4. Responsabilização em curso: Agersa já instaurou processo administrativo, e SEMMA pode autorizar penalizações. A confluência de vazamentos e atos sem licença aumenta ainda mais a gravidade da situação.

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