BRK Ambiental

Dados alarmantes: BRK Ambiental despeja esgoto de quase 5 mil imóveis sem tratamento em Cachoeiro, aponta Agersa

Cidades

Diferente do que costuma divulgar em suas campanhas institucionais, a BRK Ambiental não está cumprindo integralmente o contrato de concessão em Cachoeiro de Itapemirim. Segundo informações apresentadas pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa), cerca de 4.800 imóveis têm o esgoto despejado sem qualquer tratamento em córregos e no próprio Rio Itapemirim.

A informação foi detalhada durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (5), no Palácio Bernardino Monteiro, com a presença do diretor-presidente da Agersa, Vilson Carlos Gomes, do vice-prefeito Júnior Corrêa, de vereadores e de representantes da imprensa.

“Esse número é alarmante. Não é aceitável que, em pleno 2025, quase cinco mil imóveis de Cachoeiro estejam lançando esgoto sem tratamento. A empresa precisa assumir suas responsabilidades e cumprir as metas do contrato”, afirmou Vilson Gomes.

O vice-prefeito Júnior Corrêa reforçou que o município não é inimigo da concessionária, mas que não abrirá mão de exigir que o serviço seja prestado de forma correta. “Nós reconhecemos que a BRK tem um papel essencial para o saneamento de Cachoeiro, mas não vamos fechar os olhos para os problemas. Nosso compromisso é com a população e com o meio ambiente”, disse.

O prefeito Theodorico Ferraço também ressaltou a gravidade da situação. “Estamos falando de saúde pública e de preservação do nosso maior patrimônio natural, que é o Rio Itapemirim. Não admitiremos que a concessionária continue descumprindo o contrato. Essa prática tem que ser corrigida de imediato, em benefício do povo de Cachoeiro e das futuras gerações”, destacou.

Além dos problemas de despejo de esgoto, a Agersa também apontou que comunidades sofrem frequentemente com a falta de água. Para sanar essas demandas, seriam necessários investimentos de cerca de R$ 25 milhões, que não vêm sendo realizados pela BRK.

A crise em torno da concessionária se intensificou após a Justiça suspender, em caráter liminar, o 14º Termo Aditivo do contrato, que havia autorizado um reajuste de 4% nas tarifas de água e esgoto, além da antecipação de outorga de R$ 15 milhões. A decisão atendeu a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que identificou irregularidades no aditivo.

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