O projeto Alma Brasileira está levando música, história e identidade cultural para dentro de escolas públicas no Distrito Federal. Com apresentações gratuitas desde 9 de maio, a iniciativa realiza concertos comentados de diferentes estilos musicais brasileiros; oficinas de percussão e palestras interativas nas regiões administrativas de Taguatinga, Águas Claras e Areal. O circuito se encerra no dia 26 de maio (segunda-feira), no período vespertino, na CEMAB de Taguatinga, localizada na QSA 03/05 AE 01 – Taguatinga Sul, Brasília – DF.
Criado em 2005, inicialmente, para turnês internacionais, o projeto Alma Brasileira já passou por mais de 30 países e várias cidades brasileiras. Em Brasília, a primeira edição nacional aconteceu em 2018. Nesta edição de 2025, a expectativa dos responsáveis pelo projeto é atingir cerca de três mil estudantes.
O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, com gestão do Coletivo Educação pela Arte. As atividades são conduzidas pelos músicos Nelson Latif (violão de sete cordas e cavaquinho), Marcelo Lima (voz, violão e bandolim), Ismael Rattis e Sandro Alves (percussão).
A cada encontro com estudantes e professores, o grupo apresenta estilos musicais como o choro, o samba e o frevo, trazendo essas e outras manifestações culturais para formar o mosaico que ilustra o Brasil moderno, do final do século XIX até hoje. “Contextualizamos fatos do nosso país que envolvem o período da República, como o crescimento da população por conta da imigração em massa de vários países europeus e o fim da escravidão — toda a miscigenação étnica está refletida na arte da época e até os dias atuais”, destaca Nelson Latif, coordenador do projeto.
A proposta tem como foco mostrar, de forma interativa, como a música acompanha os movimentos sociais e culturais do Brasil. Entre os temas abordados estão a repressão histórica ao samba, o papel de Chiquinha Gonzaga, mulher negra e visionária como pioneira no choro, e as influências africanas ainda presentes em ritmos atuais, como o funk, entre outros da cena da época.
O músico Marcelo Lima destaca que, ao embarcarem nessa jornada musical, os alunos não apenas exploram a riqueza da música brasileira, mas também se reconhecem nela. “Trata-se de um esforço para preservar e recuperar nossas raízes culturais, promovendo a integração das novas gerações com as diversas épocas e estilos da nossa música”, acrescenta Lima.
Além das apresentações musicais, a temporada 2025 do projeto oferece ainda uma palestra especial voltada a professores, com foco na educação antirracista, mediante agendamento gratuito pelo e-mail: fakhouri@uol.com.br.
Artistas do Alma Brasileira
Nelson Latif
O violonista, cavaquinista e sociólogo, de São Paulo (capital), tem formação erudita e encontrou no Choro a sua principal referência. Representante da boa safra de músicos paulistanos da década de 1980, Latif possui formação musical em Jazz e Choro e atua nos principais palcos brasileiros e europeus. É também integrante do Trio Baru e da Camerata Caipira, além de diversos projetos que têm a arte-educação como base do seu trabalho.
Marcelo Lima
Ismael Rattis
Sandro AlvesPercussionista carioca radicado em Brasília há mais de dez anos, Sandro Alves é conhecido por misturar ritmos tradicionais da música afro-brasileira com o jazz moderno. É pesquisador da cultura folclórica brasileira, o que fundamentou sua musicalidade nos instrumentos de percussão. Atua em projetos no Brasil e no exterior e também com oficinas educativas de percussão. O músico integra a formação do Trio Baru, atua em diversos projetos culturais e como sideman de alguns de cantores do país.
Serviço: Próxima apresentação do projeto Alma Brasileira 2025
Quando: 26/5 (segunda-feira)
Turno: vespertino
Local: CEMAB | Taguatinga | QSA 03/05 AE 01 – Taguatinga Sul, Brasília – DF